Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem, também conhecida como Perturbação Específica da Leitura e da Escrita. Acontece como resultado de uma desordem nos sistemas de processamento da linguagem no cérebro, que torna mais difícil aprender as funções de leitura, escrita, caligrafia ou cálculo.
Geralmente, a dislexia é detetada no início da escolaridade. Se não for acompanhada com uma terapêutica adequada pode colocar sérios entraves ao sucesso escolar e à progressão académica da criança. No entanto, a experiência de décadas de investigação e intervenção ao nível da dislexia em crianças mostra-nos que as dificuldades de leitura e escrita podem ser muito atenuadas, através de terapia e exercícios adequados.
Mesmo sendo uma dificuldade de aprendizagem relativamente frequente, a dislexia não é uma deficiência, uma vez que não está associada a qualquer diminuição cognitiva ou sensorial do cérebro. As pessoas com dislexia conseguem fazer uma vida perfeitamente normal e atingir quaisquer objetivos pessoais ou profissionais a que se proponham. No entanto, é certo que a pessoa com dislexia terá necessariamente um percurso mais desafiante para conseguir os mesmos desempenhos que uma pessoa sem dislexia, não só no percurso escolar e académico, mas também na sua vida quotidiana.
As dificuldades surgem bastante cedo. Aprender é um processo contínuo, um conjunto de novas relações que a criança vai estabelecendo com o mundo à sua volta e que, no caso da leitura e da escrita, começam antes sequer de entrar para a escola, ao tomar contacto com os elementos e ferramentas da linguagem oral e escrita.
Neste processo gradual, a criança começa por desenvolver as suas pré-aptidões de leitura e escrita, ou seja, aprende o nome e o som das letras, a sequência alfabética, começa a segmentar e reconstruir sílabas e sons, identificar rimas e o primeiro e último sons das palavras, ou o desenho das letras. Seguem-se as aptidões inferiores de leitura e escrita, isto é, o trabalho de transformar sons em letras e vice-versa. Por fim, vêm as aptidões superiores de leitura e escrita, ou seja, a expressão escrita e a compreensão leitora.
Importa realçar que cada pessoa aprende ao seu ritmo e à sua maneira. Mesmo que algumas crianças demorem mais tempo nas suas atividades escolares, isso não significa que sofram necessariamente de dislexia ou de outras dificuldades de aprendizagem. É preciso encontrar os métodos de estudo e de aprendizagem que funcionam melhor com cada criança e, em caso de dificuldades mais pronunciadas, consultar um especialista.
O SEI conta com uma equipa especializada na avaliação e intervenção junto a crianças e indivíduos com dislexia.
Para além dos serviços de avaliação e de consultas de intervenção, proporciona um serviço gratuito de esclarecimento de dúvidas e de aconselhamento a pais.